Às vezes, pego-me a matutar: que mal teria feito o Brasil a Nosso Senhor Jesus Cristo para suportar no ringue eleitoral, de um lado, o sapo barbudo que já se passou por Pai dos Pobres II, mas acabou chefiando a maior quadrilha já abrigada no poder público; de outro, o desequilibrado-mor, fascistoide genocida, que, em três anos de mandato, conseguiu acabar com a saúde pública e a educação, a economia, a segurança e a cultura nacionais. Mais: ambos tiraram o país do prumo, jogando irmão contra irmão, numa guerra fraticida sem precedente. Pairando sobre isso tudo, um judiciário e um ministério público omissos e mal intencionados, de olhos apenas nos próprios interesses.
E no Paraná, que já teve respeito político nacional? Reina, hoje, um moleque sem passado e sem futuro, de comportamento ambíguo, inaugurador de obra alheia e capaz de achar que pode acabar com a Covid-19 por decreto. Decretou o fim da peste, mas esqueceu de combinar com o vírus. Surpresas desagradáveis se avizinham.
Como opção, alevanta-se do esquife outro destrambelhado, que já teve importância, mas hoje não passa de uma caricatura.
E o povo, o que faz o povo. Passa fome, é obrigado a gastar o dinheiro que não tem, foge dos bandidos e chora. Não sabe a força que tem e se submete passivamente a escroques dos mais variados tipos. Quanta saudade do velho Vandré: “Vem, vamos embora / que esperar não é saber. / Quem sabe faz a hora / não espera acontecer”.
Oh, meu Brasil brasileiro, que já teve samba e pandeiro!… Nem isso tem mais.
P.S. – Não estou voltando. Ainda não. Esta é apenas uma breve passagem, como eu avisei que poderia acontecer. Em homenagem ao alagoano Ricardo Silva, com a minha solidariedade e certeza de vitória, e à lúcida dona Beatriz, sogra do Rogério Distefano, com os meus parabéns pelo 100º aniversário.