E a gente ainda paga esse povo


MAIS IDEIA de jerico. De novo a vereadora que inventou o cocódromo animal. Agora ela quer desbatizar as ruas com “nomes alusivos à Ditadura”. A vereadora tem ideia fixa: a ditadura no caso é a militar; portanto Castello Branco, Costa e Silva, Emílio Médici, os mais arruados.

A vereadora faz de conta que não existiram outras ditaduras, como a do Marechal Floriano e a de Getúlio Vargas. Ela também fez a conta das placas alusivas aos dois ditadores e deixou quieto (quieto como estão os presuntos de quem ela cuidava no IML).

O prefeito vai vetar o projeto pela despesa excessiva de substituir placas de ruas que amanhã receberão nomes dos futuros ditadores, como o viaduto Jair Bolsonaro. Imagine-se o custo das empresas, com suas placas comerciais e material de divulgação, incluídos programas de computador.

Menos mal. A vereadora podia meter emenda para instalar privadinhas animais em cada esquina das ruas “alusivas à ditadura”. Enquanto é tempo: esse “alusivo” é parente daquele “outrossim” que o velho Graciliano Ramos mandou “à puta que pariu”.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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