Mônica Bergamo – Folha de São Paulo
Eduardo Cunha disse a advogados que estiveram com ele em Curitiba na semana passada que não teria “estômago” para fazer delação premiada. Outros integrantes da defesa do deputado, no entanto, acreditam que ele não tem mais alternativa para sair da prisão, depois da delação da JBS, a não ser colaborar com a Justiça.
ZÍPER RASGADO
As apostas entre os próprios defensores de Cunha divergem. Alguns advogados acreditam que ele insistirá na mesma toada. Outros, que ele tentará fazer delação.
SACO VAZIO
Há também interlocutores de Cunha que acreditam que, diante de tantas delações que comprometem o próprio presidente Michel Temer, o ex-parlamentar não teria mais uma bala de prata para disparar e conseguir benefícios da Justiça. Ele hoje é alvo de quatro processos e 20 inquéritos.
SANGUE QUENTE
Antes da divulgação do audio da conversa de Joesley Batista e Michel Temer, políticos do entorno de Geraldo Alckmin chegaram a pensar em lançá-lo candidato a presidente nas eleições indiretas que podem ser realizadas em caso de renúncia ou impedimento do presidente.
SANGUE FRIO
O governador de SP não apenas conteve os mais entusiasmados como se recusou a fazer qualquer pronunciamento –ao contrário de tucanos como João Doria e Fernando Henrique Cardoso. Alckmin insistia que antes de tudo era necessário ouvir o audio da conversa de Temer com o empresário Joesley Batista.
VAMOS AGUARDAR
Depois que conheceu o áudio, Alckmin persistiu em uma conduta cautelosa.
VELHAS PARTIDAS
O jornalista Juca Kfouri vai publicar um livro de memórias em que contará suas histórias com futebol, jornalismo e política. “Confesso que Perdi” sai no segundo semestre pela Companhia das Letras.