Na medida em que alguns nomes (todos homens) ganham força como possíveis indicados de Lula para a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal, mulheres do governo vão tentar incluir a primeira-dama, Janja da Silva, na pressão para que Lula indique uma mulher, de preferência preta, para o lugar da ministra que se aposenta em outubro.
Lula tem dado indicativos de que não pretende atender à demanda das ministras e dos movimentos sociais. Afirmou mais de uma vez que não assumiu compromisso com a reivindicação durante a campanha eleitoral. A substituição de Weber será a última durante o mandato do petista.
Uma das cotadas por movimentos sociais para o STF é a advogada Vera Lúcia Araújo. Ela, porém, tem negado qualquer movimentação política entorno de seu nome. A interlocutores, disse que não foi procurada por ninguém do governo ou algum emissário para falar sobre a possibilidade.
Este ano, Lula indicou Cristiano Zanin, seu ex-advogado, para o Supremo. Se outro homem for colocado no lugar de Rosa Weber, restará apenas Carmen Lúcia na corte. Em seus 215 anos e mais uma centena de ministros, o Supremo só teve três ministras.