No cardápio, dois pratos principais. Um deles foi a sabatina que Zanin enfrentará no Senado ainda este mês. Um acordo entre o governo, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que preside a Comissão de Constituição e Justiça, estipulou a data-limite para o advogado ser ouvido pelos senadores: 21 de junho.
Até lá, antes de chegar à CCJ, o advogado que defendeu Lula na operação Lava Jato vai continuar batendo às portas de parlamentares e participando de convescotes como o de Katia Abreu. Nesta semana, ele se encontrou com parlamentares e lideranças evangélicas.
Um parlamentar da base aliada, em conversa com o Bastidor, lembrou que a ex-senadora tem uma preocupação maior do que a indicação do Zanin: assumir algum cargo na administração federal, o outro prato que foi servido aos convidados.
Participaram o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) e Weverton (PDT-MA). Do STF foram os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. O advogado-geral da União, Jorge Messias, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Mauro Campbel e Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), também foram.
Katia, é bom lembrar, foi impedida de assumir a vice-presidência do agronegócio do Banco do Brasil por conta da Lei das Estatais. Ela é mãe do senador Irajá, que preside o PSD de Tocantins, e a legislação não permite que indicados para o posto tenham parentes de até terceiro grau em cargos executivos ou de direção de partido político. O cargo, por meio do Plano Safra, terá algo em torno de R$ 200 bilhões para liberar ao setor.
Kátia Abreu busca uma saída jurídica para alguma indicação. Ela tentou, sem sucesso, uma indicação ao Tribunal de Contas da União. Uma alternativa já aventada é ser indicada pelo BNDES como conselheira na JBS.