Quando esteve no Brasil no início do ano, Scholz convidou Lula, que já avisou o governo alemão dos seus planos de ir até o país. Na pauta do encontro, entre outras coisas, o presidente vai tratar da reforma do Conselho de Segurança da ONU.
A Alemanha reivindica um assento permanente no órgão, criado após a Segunda Guerra Mundial. Derrotados, os alemães foram deixados de fora. Atualmente, porém, é indiscutível a liderança da Alemanha na Europa e de seus esforços para dissuadir conflitos ou minimizar seus efeitos.
Lula espera tratar com Scholz da importância de seus países se unirem para uma reforma no conselho.
Um dos argumentos do brasileiro será o sentimento de contrariedade geral causado pelos Estados Unidos, que usaram seu poder de veto para travar a resolução que condenava a ação terrorista do Hamas em Israel e determinava a liberação de reféns, ao mesmo tempo que cobrava uma pausa humanitária e o cuidado com vidas de civis em Gaza.
Houve 12 votos a favor, incluindo o da França, e a abstenção da Inglaterra, aliado próximo dos EUA.
A avaliação é que o Conselho de Segurança não pode ser refém de EUA e Rússia.