Entre Rui e os outros

No post ‘Dignidade já!” (bordão de Leão Lobo, tv personality) escrevi, com muita insegurança “podiam ao menos se declarar”. Inseguro sim, porque sempre apanho na flexão do infinitivo, para mim o ponto intransponível da língua portuguesa – na versão brasileira, porque na lusitana impera o caos. Frente ao problema, sempre atiro a esmo, seguro da unanimidade na dificuldade, que até hoje não vi qualquer gramático superar; eles, ou fogem do tema ou tratam dele de modo a confundir o paciente. Nessa hora socorro-me de Rui Barbosa, no trecho da crônica em que lamenta “de ver triunfar as nulidades”. Qualquer brasileiro medianamente gramaticado escreveria “de tanto ver triunfarem“. Eu prefiro errar com Rui a acertar com eles.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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