Eu, prefeito de Curitchiba

O eu antes de tudo, o eu acima de todos, a macaquice bolsonárico-rafaelita da luz dos pinhais.

COMO O VÍRUS só vai embora quando quiser, o prefeito Rafael Greca bem que podia pôr sua boca em quarentena. Não dá para aguentar aquele narcisismo infantil do “eu, prefeito de Curitchiba”, “MinhaMargarita”, “xô, corona”, mais o gongorismo superlativo das hipérboles para si mesmo.

Tem qualquer coisa de muito errada com o eleitor curitibano que até agora não se encheu dele. Se Jair Bolsonaro não fosse tão imbecil, ele seria menos intragável que Rafael Greca. O prefeito ainda é o garotinho exibido que a mãe chamava na sala para fazer gracinhas para as visitas.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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