Feito à mão


Bilhete que encontrei em meio às tralhas e papeis. Foi enviado de Curitiba para o Rio, anos 70. Vinha assinado pelo poeta Paulo Leminski (que me chamava de Martins – portanto, Marta é uma corruptela pra me zoar) e faz referência ao jornal Raposa editado pelo mestre da arte gráfica, Miran. Ao lado, à esquerda, um texto transverso que me permito ajudar na leitura: “Alô gordinho sensual, estou indo p/S.Paulo na próxima semana. meu tel é 549.2038. aquele abraço, Jack Pires (fotógrafo paulista que deixava Curitiba onde trabalhou durante anos. O Jack faleceu logo depois.)”. Os missivistas estavam se divertindo no botequim Bife Sujo, nosso QG em Curitiba. Minhas memórias analógicas. Toninho Vaz, do Itanhangá

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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