Fernando Koproski

Capa de Magoo, gênio, gênio!

A editora 7 Letras está lançando Nunca Seremos Tão Felizes Como Agora, o novo livro de poemas de Fernando Koproski.

O amor parece já ter sido abordado de todas as maneiras pela poética moderna. Justamente por isso Nunca seremos tão felizes como agora causa surpresa e admiração, pois consegue renovar o tema, trazendo um frescor à forma de escrever a paixão. Fernando Koproski encara a beleza e as dificuldades das relações amorosas inserido-as nas peculiaridades da vida contemporânea
.
Sobre o autor:
Fernando Koproski nasceu em Curitiba, em 1973. É escritor e tradutor. Publicou 8 livros de poemas, entre os quais: Manual de ver nuvens (1999); O livro de sonhos (1999); Tudo que não sei sobre o amor (2003), incluindo CD que apresenta leitura de poemas na voz do autor e temas musicais compostos por Luciano Romanelli; Como tornar-se azul em Curitiba (2004); e Pétalas, pálpebras e pressas, livro selecionado para publicação pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (2004).
Como tradutor, organizou e traduziu a Antologia Poética de Charles Bukowski Essa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo amém (7 Letras, 2005), bem como a Antologia Poética de Leonard Cohen Atrás das linhas inimigas de meu amor (7 Letras, 2007).
Como letrista, tem composições gravadas por: Beijo AA Força no CD Companhia de Energia Elétrica Beijo AA Força; Alexandre França no CD A solidão não mata, dá a idéia; Casca de Nós no CD Tudo tem recheio; e Carlos Machado no CD Tendéu.
Serviço: Livro: Nunca Seremos Tão Felizes Como Agora, 118 páginas. Autor: Fernando Koproski; Editora: 7 Letras/
Lançamento:
Recital e sessão de autógrafos com o autor Fernando Koproski. Participação especial do músico Rogério Sabatella. Quando? 21 de Maio, quinta-feira, a partir das 19:30 horas. Onde? Livrarias Curitiba Megastore do Shopping Estação. Av. Sete de Setembro, 2775, centro, fone 41-3330-5119 / 3330-5000.
Um poema de Fernando Koproski

um poeta deve morrer
sem músicas de musas
ao te ver dormir nua
um poeta deve morrer
todas as mortes do sol
no meio das coxas da lua
um poeta deve morrer
porque toda forma
de amar ainda é pouco
e a sua alma já cansou
de tanto se suicidar
no mesmo corpo

(fragmento do poema “um poeta deve morrer” incluído em Nunca seremos tão felizes como agora).

Texto de Orelha por Rodrigo De Souza Leão:
A poesia de lírica amorosa parecia ter se esgotado no fogo de um tempo onde o amor furtivo e o sexo casual estão cada vez mais em voga. Parecia, mas ainda bem que existem poetas como Fernando Koproski, que mesmo tocando em temática tão abordada na poética moderna, conseguem alcançar enorme êxito e fazem uma renovação e uma revalorização dos modos de escrever a paixão e o relacionamento entre homem e mulher nos dias atuais. Em tempos onde é fácil dizer que ama, mas é difícil encarar de uma forma séria tudo aquilo que o amor dá e tudo aquilo que tira. Encarar a solidão a dois. Desmascará-la. Enfrentar o fogo que arde sem se ver. Aceitar-se enamorado e apaixonado.

O que existe por detrás de cada pensamento encantado? É isso que está no livro Nunca seremos tão felizes como agora. Este que o leitor está abrindo nesta hora pontual, no dia certo, no mês correto e sempre oportuno. E então, estará conhecendo alguns aspectos peculiares da contemporaneidade daquele sentimento que não muda. Ou muda?

Há muito que o homoerotismo vem fazendo um upgrade do tema. Porém faltava tratar a questão com o vigor e o viço da atualidade: mais especificamente no âmbito da relação homem e mulher. Vinicius de Moraes, o poeta da Paixão com P maiúsculo, é uma das influências, não sei se tão angustiadas de Koproski. Mas o projeto do novo poeta paranaense vai além de seguir os passos do mestre. Ele trabalha a linguagem de uma forma diferente e mais próxima do momento em que estamos vivendo. Fragmentação. Descontinuidade. Fugacidade. Tudo isso é tratado de maneira dionisíaca e apolínea. Ora, como se pudéssemos e estivéssemos namorando com nós mesmos. Em outro momento, entregando-nos de forma irremediável ao verdadeiro encontro.

Decerto que Fernando Koproski tem como projeto literário (vide seus livros anteriores) tratar de questões amorosas. Mas também é claro que ele o faz de maneira ímpar. O opúsculo tem poemas em prosa de uma beleza rara e de uma inegável qualidade literária, que está em versos belos como, por exemplo: “minhas asas mutiladas / não sabem ferir / o que eu sinto”. Mentira ou verdade? O poeta finge a dor que deveras sente? O leitor que decida. Enquanto se apodera da grandeza de sua poesia.

Informações: fkoproski@yahoo.com.br

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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