‘Defecador do STF’ e ‘Bozomickey’, já esgotada, também fazem sucesso
Falta uma semana para o Carnaval. No primeiro ano em que a celebração não foi adiada por conta da pandemia, os foliões prometem dar tudo de si, também no sentido literal.
Muitos estão há meses montando suas fantasias, uma para cada dia de festa, o que pode se estender por um mês, para desespero de quem não nasceu para a folia.
Para atender a demanda, as lojas da rua 25 de Março, em São Paulo, e do Polo Saara, no Rio de Janeiro, correm contra o tempo para garantir os estoques cheios de roupas e acessórios atualizados.
A autora da coluna foi aos dois endereços e, depois de sobreviver ao pisoteamento e a uma crise de burnout, elencou alguns dos trajes campeões de vendas.
Como era previsto, um dos itens mais procurados é a fantasia “Patriota do Caminhão”, que consiste em um boné e uma camiseta da seleção, com um pequeno caminhão colado no peito.
Também em alta está a roupa de “Defecador do 8 de Janeiro”, em homenagem ao cidadão que fez suas necessidades no STF. O traje é ideal para quem precisa se aliviar em locais públicos e alegar ser parte da performance.
Ainda no tema patriota, a fantasia “Dona Fátima de Tubarão” é muito procurada entre homens e mulheres que desejam sair pelos blocos procurando um “Xandão” para “pegar”.
Por falar nele, o “Xandão Sensual” é a roupa mais procurada. Consiste em uma careca postiça, bolsinha da Constituição, tanga no lugar da toga e uma placa escrito “Beijar e Punir”.
Em São Paulo, os faria-limers se estapeiam pela fantasia de “Coach Financeiro”, com um colete de nylon, um patinete e um tablet. O folião pode curtir o bloco entoando palavras como “mindset”, “expertise” e “bitcoin”, enquanto joga notas de dinheiro como confete.
A roupa de Kitara Ravache, personagem drag queen do deputado americano George Santos, promete ser a Grávida de Taubaté do Carnaval de 2023. Finalmente uma razão para homens se vestirem de mulher e fazerem graça na folia.
Por último, a fantasia de “Bozomickey”, já esgotada em todas as lojas. Diferente do Bozo antigo, o traje consiste em peruca grisalha, orelhas redondas e um frango frito na mão. Sua marchinha de Carnaval preferida é “Me Dá uns Dólares Aí” e, assim como o antigo Alecrim, trata-se de um palhaço triste que só chora.