Nesta segunda-feira, o filho mais velho de Jair Bolsonaro, senador Flávio Bolsonaro, faltou a uma acareação com o empresário Paulo Marinho. O encontro foi marcado pelo Ministério Público Federal para tratar do vazamento da Operação Furna da Onça, conforme denunciou Marinho.
Flávio Bolsonaro alegou falta de espaço na agenda. Sua defesa afirmou que ele tinha compromisso oficial no dia de hoje no Amazonas e que fizeram um pedido para marcar a acareação para 5 de outubro, no gabinete dele, em Brasília, ou por videoconferência. Acareação por videoconferência é algo que só pode vir da cabeça de um Bolsonaro, mas a tentativa de fuga do confronto pessoal mostra muito bem o medo do filho de Bolsonaro.
Hoje mesmo apareceu nas redes sociais um vídeo mostrando seu “compromisso oficial”. Ele postou uma cena jubto com o irmão Eduardo Bolsonaro, o Bananinha, em participação no programa de Sikêra Júnior, nos estúdios da TV A Crítica, em Manaus. Os dois irmãos dançam com Sikêra, cantando uma música com o refrão ““El, el, el, todo maconheiro dá o anel/ yoga, yoga, yoga, todo maconheiro dá o boga”.
Era isso que o fujão tinha para fazer no Amazonas. A micagem no programa desse apresentador de TV que simboliza muito bem o padrão cultural do governo Bolsonaro até parece até uma zoação com o trabalho da Justiça. Eu acho que cabia uma punição ao covarde.
Uma acareação tem o propósito muito simples de juntar duas pessoas para saber quem é que está mentindo. Quem tem dignidade certamente não recorre à esquemas covardes para fugir da discussão. Paulo Marinho disse que Flávio Bolsonaro o procurou antes da eleição do ano passado contando que um delegado da Polícia Federal havia vazado a informação sobre a Operação Furna da Onça, que investiga o esquema de peculato no seu gabinete de deputado estadual. O senador nega
Quem é que está mentindo? Paulo Marinho esteve por volta das 14h30 na sede do Ministério Público Federal, no Rio de Janeiro, para a acareação. O que ele disse aos jornalistas ao chegar resume a impressão geral sobre o assunto: “Com certeza alguém mentiu, né? E não fui eu”.