Ambos comungamos o desdém pela onda de conservadorismo e bons costumes que assola os politicamente corretos. É verdade que não fumamos mais cigarros caretas, tipo Minister ou Carlton, mas por pura determinação médica, que nos obriga a cuidar minimamente da saúde. Usamos da prerrogativa dos nossos 60 anos para, discretamente, andar pelas ruas fumando um baseado – com muito cuidado para não se expor às criancinhas. (Num país como este, a gente considera um absurdo sermos “fora da lei” – se é que você me entende?). De resto, estamos sempre querendo briga com os caras do governo, por exemplo, os políticos, e enaltecendo figuras como Pixinguinha. Quando quero, sou mais grosso do que joelho da Tarsila.
Toninho Vaz, de Santa Teresa