Passeávamos a pé no Parque da Ferradura. De repente, quatro, quatorze, quinze, quarenta quatis! Ou seriam quatrocentos, quinhentos? Na quentura do quintal deles, nos quedamos: um quorum de quadrúpedes como nunca se viu, a desfilar ao lado do desfiladeiro. Quatis, quatis, quatis. Esquecemos o quotidiano, os quero-queros, a querência, as querelas, os quasars. Estáticos, quase como qüeras no quaradouro outonal, só víamos quatis, quatis, quatis, no quadro-a-quadro da surpresa. Que bom que os quatis se quantificam assim, com quadrigêmeos ou quíntuplos, da quaresma ao quarup. Quatis, quatis, quatis.
Deve haver quatrilhões ou quintilhões de quatis do Quênia ao Quirquistão, de Quito a Québec, de Quaraí a Quexeramobim, quatis em quantidade por qualquer quadrante. Naquele quarteirão natural, os quatis querem quitutes, vão aos quiosques dos piqueniques, quitandas de toalhas quadriculadas: quiçá quilos de queijos, quibes, quiches, quindins, quiabos, quibebe? Quatis, quatis, quatis. Quem sabe sejam eles, nas quebradas por quilômetros de quietude, um quartel animal armado de afiada queratina nas patas, um quilombo sem quizilas onde a quizumba é com caudas listradas pro alto, quartetos de quadris e quintetos de focinhos, apesar do quadrimotor no ar. Quatis, quatis, quatis.
Enquanto o quinquagésimo quati da quadrilha passava, quantas questões queimaram o querosene do meu quengo? Era o nosso quinhão de quimeras selvagens? A quintessência da tranqüilidade ecológica? Qual o quê. Esses quatis, quixotes de um habitat que já vai se quotizar, mereciam queridice de mais qualidade. Talvez alguns quintanares do Quintana.