Frescor de juventude

MACRÓBIO, avançado nos 90, espanta os micróbios. Passou a usar a maconha medicinal. Descoberta maravilhosa, repete o tempo todo, como se estivesse gagá. Recomenda o médico para os amigos, cada dia mais rarefeitos, porque desfeitos. Já incorporou a gíria da outra maconha: “se eu puxasse o fumo dos filhos, teria deixado uísque, cigarro e mulheres 50 anos atrás”. Ainda que caro, adora curtir o barato. No velho, o vício novo tem frescor de juventude.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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