Frouxos de riso

Rogério Distéfano – O Insulto Diário

Quando Cabral estava na moeda, o Cruzeiro, não tinha tanta roubalheira no governo. José Sarney criou o Cruzado, com o lema cafono-marimbôndico chupado aos gringos, “Deus seja louvado”. Com o Cruzado a roubalheira continuava grossa, mas a inflação era tamanha que o milhão roubado num dia virava centavo no seguinte.

Os tucanos criaram o Real e enterraram o Cruzado, moeda que ainda vale bom dinheiro. A corrupção com eles era fichinha, punga de trombadinha. Enterrou-se o velho Pedro Álvares e surgiu Sérgio, quiçá da mesma família – não impossível, pois a rainha da Inglaterra descende direto de Maomé. O jovem Cabral vem do ramo vigarista do tronco do velho Pedro.

O velho Pedro deve estar em frouxos de riso lá no terceiro estágio do purgatório. Se pudesse chamaria Pero Vaz para mandar carta para El Rey. Claro que escondido de deus, perdão, de Lula, onipresente e onisciente padrinho de Sérgio Cabral. Do outro lado daquele ditado está escrito “quem não sai aos seus não regenera”.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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