Gleisi Livre

Ruth Bolognese – Contraponto

Para aqueles que vinhm torcendo mais pela condenação de Gleisi Hoffmann do que pela seleção brasileira, a absolvição, no STF, foi uma derrota considerável.

A mulher que alcançou, na política, a posição mais importante já ocupada por uma paranaense, o de chefe da Casa Civil, é vilipendiada todos os dias no próprio Estado.

Para o perfil conservador local, a preferência recai sobre a mulher discreta, de casaquinho nos ombros e fala mansa. Na prática, o pessoal é muito mais Rosângela Moro, com sua pochete de R$15 mil e vestido de noite, ao lado do marido e de João Dória em New York .

Gleisi, de microfone em punho, montando acampamento pró Lula, ainda é terreno incerto e não sabido para os saudosos de uma farda verde oliva. Ou os que já tiveram fé na esquerda como solução e hoje se penitenciam no altar neoliberal. Estes, odeiam mais e tripudiam mais.

A absolvição de Gleisi não é um passo atrás na Operação Lava Jato. Nem um regalo do ministro Edson Fachin, que teve entre os defensores de sua indicação para o STF o casal Gleisi/Paulo Bernardo e o PT. Foi apenas um julgamento racional, com base em fatos e provas. Como deveria ser sempre.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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