Para aqueles que vinhm torcendo mais pela condenação de Gleisi Hoffmann do que pela seleção brasileira, a absolvição, no STF, foi uma derrota considerável.
A mulher que alcançou, na política, a posição mais importante já ocupada por uma paranaense, o de chefe da Casa Civil, é vilipendiada todos os dias no próprio Estado.
Para o perfil conservador local, a preferência recai sobre a mulher discreta, de casaquinho nos ombros e fala mansa. Na prática, o pessoal é muito mais Rosângela Moro, com sua pochete de R$15 mil e vestido de noite, ao lado do marido e de João Dória em New York .
Gleisi, de microfone em punho, montando acampamento pró Lula, ainda é terreno incerto e não sabido para os saudosos de uma farda verde oliva. Ou os que já tiveram fé na esquerda como solução e hoje se penitenciam no altar neoliberal. Estes, odeiam mais e tripudiam mais.
A absolvição de Gleisi não é um passo atrás na Operação Lava Jato. Nem um regalo do ministro Edson Fachin, que teve entre os defensores de sua indicação para o STF o casal Gleisi/Paulo Bernardo e o PT. Foi apenas um julgamento racional, com base em fatos e provas. Como deveria ser sempre.