Os consumidores são atraídos por anúncios na internet que oferecem preços abaixo de mercado na venda de pneus.
A fraude ocorreu numa empresa na Zona Norte do Rio de Janeiro que emitia laudos falsos atestando a necessidade da realização de serviços desnecessários ou não solicitados.
Eram também afrouxados os amortecedores para trocá-los e faturar em cima dos clientes. Em julho deste ano a empresa foi desbaratada.
Outros golpes que ocorrem: alega-se que as buchas estão com folga e tem que trocá-las, e as bandejas (braço de suspensão), vão parar nessa conta as buchas e os pivôs.
E tem mais: os coxins do motor estão desgastados e devem também ser trocados, se não for trocadas as bandejas não podem dar garantias dos pneus.
Entre a informação verdadeira e o que realmente está acontecendo nos pneus e seus elementos acessórios o consumidor desembolsa, desnecessariamente, por itens que não precisavam de reparo ou troca.
Como fazer se prevenir disso?
Ouvir mais de uma opinião técnica e buscar o orçamento em lojas concorrentes.
Algumas empresas têm câmeras em suas instalações que registram a troca dos itens e o trabalho dos mecânicos. Apresentando as peças trocadas aos clientes.
A venda de veículos direto da fábrica é outra dor de cabeça para muitos que imaginam que irão receber o veículo após fazerem o depósito de percentual ou a integralidade do valor, mas acabam por ser vítimas de estelionato.
Os golpistas se apresentam como atuais ou ex-funcionários da montadora e por isso compram o carro por preço inferior ao mercado.
Os documentos são com o papel timbrado da marca que o consumidor imagina negociar, e pelo preço abaixo do mercado.
A verdade é que praticamente não existe fiscalização nas empresas de reparos e assistência técnica de veículos no Brasil.
Também não temos a análise das trocas de peças e a sua vida útil, o que a indústria chama de obsolescência programada, justamente para forçar os consumidores a pagarem por itens que deveriam ter maior durabilidade.