Em 1988 ela ganhou uma nova sede, na Rua Presidente Carlos Cavalcanti, no São Francisco, onde ocorreu parte das gravações do documentário. Entre os entrevistados estão nomes importantes do cinema paranaense, como Fernando Severo, e mesmo nacional, como Sílvio Tendler e Eduardo Escorel, que vieram dar cursos em Curitiba.
A Cinemateca de Curitiba funcionou também como espaço de pesquisa e preservação do cinema paranaense, atividades sempre incentivadas por seus ex-diretores Valêncio Xavier e Francisco Alves dos Santos. “A cinemateca criou em torno de si toda uma geração de realizadores, pesquisadores, interessados, e, especialmente, de amantes do cinema. Trouxe inúmeros cursos de gente famosa do cinema nacional e exibia cinematografias do mundo todo, coisa impossível naquela época, tanto pela ditadura como pela inexistência de um circuito que mostrasse esse tipo de filmes”, diz a jornalista e diretora do documentário Miriam Karam. Seu filho Camil Gemael Neto é o assistente de direção.
Autora de diversos documentários para TVs, Miriam fez especialização em cinema na FAP (Faculdade de Artes do Paraná) com ênfase em produção. Entre os realizadores paranaenses ela cita Elói Pires Ferreira, autor de dois longas, “O Sal da Terra” e “Curitiba Zero Grau”, além de muitos curtas premiados; Berenice Mendes, diretora de “A Classe Roceira” e outros; o diretor e montador Pedro Merege; Beto Carminatti; Ruy Vezzaro, Homero Teixeira de Carvalho e Nivaldo Lopes (Palito), autor de “A Guerra do Pente”, e Solange Stecz, professora da Unespar e coordenadora do mestrado em Artes da universidade, entre vários outros.
Assinado pela Werner Produções, o documentário, com cerca de 20 minutos de duração, tem patrocínio do Grupo Positivo, com base na Lei Municipal do Mecenato.