Embora ocorrido há quase nove anos, o caso ainda desperta grande comoção na sociedade e, em razão disto, a Polícia Militar montou grande aparato de segurança nas áreas internas e externas do Tribunal, no Centro Cívico. Apenas 200 pessoas poderão assistir ao julgamento: após enfrentar grandes filas durantes dias e madrugadas, elas conseguiram senhas para obter o direito de ocupar a plateia do Tribunal.
O júri será conduzido pelo juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, mas ele caberá apenas estabelecer a pena a que Carli Filho terá de cumprir caso seja considerado culpado pelos sete jurados que, pouco antes da sessão, serão sorteados entre os 25 cidadãos previamente escolhidos para atuar no julgamento.
O ex-deputado foi denunciado pelo Ministério Público logo após o acidente em 2009 e o caso vinha se arrastando desde então em razão de sucessivos recursos da defesa apresentados em todas as instâncias – desde o Tribunal de Justiça do Paraná até o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF). Após ser vencida na tese de que Carli não deveria ser levado a juri popular, a defesa ainda tentava mudar a cidade de realização do julgamento, mas foi vencida pela decisão final do ministro Gilmar Mendes que manteve Curitiba como foro.
Na acusação, atuarão os promotores de Justiça Marcelo Balzer Correia (autor da ação contra o ex-deputado em 2009) e Paulo Markowicz de Lima. Entre as testemunhas a serem ouvidas está a mãe do jovem Gilmar Yared, a deputada federal Christiane Yared.
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