Áries. Medo de altura tinha. Mas precisava regular a antena de tevê da casa. Pediu emprestada a escada. Subiu no telhado e foi pisando de leve para não quebrar nada. Casa antiga, rampa íngreme. Chegou lá sentindo vertigem. Agarrou-se ao cano e começou a mexer na tal. Gritava perguntando se a imagem tinha melhorado. Foi aí que aconteceu. A pedra partiu não se sabe de onde e muito menos de que mão certeira. Na testa. O sangue escorreu e tingiu os olhos azuis. Ele quase largou o cano. Se fizesse isso, despencava. Soltou um palavrão, coisa rara saindo de sua boca. Alguém gritou de dentro da casa que tudo estava perfeito. Ele desceu devagar, mas praguejando a vida. Lavou o ferimento. Era pequeno. Colocou um esparadrapo. Ficou com a fachada engraçada. Foi até a sala para ver o resultado da aventura. Vic Morrow comandava seu pelotão em Combate. Ele sentou na poltrona coberta com uma colcha de retalhos e ficou esperando o primeiro confronto com os alemães. Torceu para que o tiro fosse na testa.
O blog do Zé Beto está em processo de mudança e o blogueiro envia o texto do Zé da Silva para publicação na minha pocilga, além de pedir perdão aos seus milhares de leitores. Não vamos contrariar o rapaz. Vai que ele resolva fazer previsões pessimistas para o cartunista que vos digita. Zé Beto deve voltar ao ar nos próximos dias, no seguinte endereço: