O dono PL, Valdemar Costa Neto, atuou discretamente para segurar a bancada do PL no Senado contra Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal. Para Valdemar, se partisse do partido, o pedido de impeachment do ministro prejudicaria a legenda nas ações a que responde no Tribunal Superior Eleitoral.
Durante um evento da UNE (União Nacional dos Estudantes), o ministro afirmou: “enfrentei a Ditadura e já enfrentei o bolsonarismo, não me preocupo”. A fala pegou mal. E foi criticada até pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um insuspeito aliado dos ministros do STF. O ministro se desculpou, dizendo se referir a extremistas.
Antes da divulgação da nota do senador Rogério Marinho (PL-RN) como líder da oposição, Valdemar conversou com ele e com o líder do PL, senador Marcos Pontes (SP), para combinar o posicionamento.
Na nota, Marinho acusa Barroso de cometer “uma clara contradição com o mandato constitucional, que proíbe expressamente a atividade político-partidária aos integrantes da magistratura (parágrafo único do art. 95)”, mas nada disse sobre impeachment.
Para Valdemar, qualquer tentativa de forçar a barra numa eventual crise contra o futuro presidente do STF, não deve partir do PL do Senado.