Incluam o PL fora dessa

O dono PL, Valdemar Costa Neto, atuou discretamente para segurar a bancada do PL no Senado contra Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal. Para Valdemar, se partisse do partido, o pedido de impeachment do ministro prejudicaria a legenda nas ações a que responde no Tribunal Superior Eleitoral.

Durante um evento da UNE (União Nacional dos Estudantes), o ministro afirmou: “enfrentei a Ditadura e já enfrentei o bolsonarismo, não me preocupo”. A fala pegou mal. E foi criticada até pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), um insuspeito aliado dos ministros do STF. O ministro se desculpou, dizendo se referir a extremistas.

Antes da divulgação da nota do senador Rogério Marinho (PL-RN) como líder da oposição, Valdemar conversou com ele e com o líder do PL, senador Marcos Pontes (SP), para combinar o posicionamento.

Na nota, Marinho acusa Barroso de cometer “uma clara contradição com o mandato constitucional, que proíbe expressamente a atividade político-partidária aos integrantes da magistratura (parágrafo único do art. 95)”, mas nada disse sobre impeachment.

Para Valdemar, qualquer tentativa de forçar a barra numa eventual crise contra o futuro presidente do STF, não deve partir do PL do Senado.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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