Foto de Evandro Teixeira, JB.
O apoio de Vladimir Palmeira, em nome do PT, ao almofadinha Eduardo Paes, visando o 2º turno das eleições cariocas, justifica – mais uma vez – aquela minha velha observação de que as coisas em política muitas vezes se inclinam mais para Freud do que para Marx; ainda que as aparências enganem.
Lembro, diante de uma atitude infame destas (porém, atitude, reconheço), a sentença de Nelson Rodrigues depois da passeada dos 100 mil na Candelária, em 1968: “O líder estudantil Palmeira conseguiu reunir a massa e, diante das represadas expectativas, subiu num poste e bradou: “Podem sentar…”, quando devia iniciar a Revolução. E nem cadeira havia, era só desconforto”.
Uma pérola reacionária formatada pela mente reconhecida de um anjo reacionário. Como sempre, encharcada de verdade.
Até O Globo, na edição de hoje se refere ao episódio com o título “Você pagou com ingratidão”, lembrando que Gabeira ajudou a seqüestrar o embaixador Elbrick, que possibilitaria a libertação de Palmeira e a conseqüente fuga para o exílio.
Toninho Vaz, de Santa Teresa.
Toninho Vaz, de Santa Teresa.