Irmão camarada

Foto de Evandro Teixeira, JB.

O apoio de Vladimir Palmeira, em nome do PT, ao almofadinha Eduardo Paes, visando o 2º turno das eleições cariocas, justifica – mais uma vez – aquela minha velha observação de que as coisas em política muitas vezes se inclinam mais para Freud do que para Marx; ainda que as aparências enganem.

Lembro, diante de uma atitude infame destas (porém, atitude, reconheço), a sentença de Nelson Rodrigues depois da passeada dos 100 mil na Candelária, em 1968: “O líder estudantil Palmeira conseguiu reunir a massa e, diante das represadas expectativas, subiu num poste e bradou: “Podem sentar…”, quando devia iniciar a Revolução. E nem cadeira havia, era só desconforto”.

Uma pérola reacionária formatada pela mente reconhecida de um anjo reacionário. Como sempre, encharcada de verdade.

Até O Globo, na edição de hoje se refere ao episódio com o título “Você pagou com ingratidão”, lembrando que Gabeira ajudou a seqüestrar o embaixador Elbrick, que possibilitaria a libertação de Palmeira e a conseqüente fuga para o exílio.

Toninho Vaz, de Santa Teresa.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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