Mural da História – 2021

Perdemos tempo demais com Bolsonaro.

Jair Bolsonaro disse que, em 7 de Setembro, interessa-lhe mostrar a fotografia da Avenida Paulista lotada. Ele aposta que a imagem da massa bolsonarista nas ruas poderá intimidar aqueles que pretendem chutá-lo do Palácio do Planalto e trancá-lo na cadeia.

Ele faz bem em captar imagens do alto. Seu bando de aloprados é muito mais assustador de longe do que de perto. Como disse Eduardo Paes, “não vai ter nada em 7 de Setembro”, porque o bolsonarismo é capaz de atrair apenas uns “doidinhos”, uma “parcela de gente inculta, absurda, com quem não vale a pena perder tempo”. Hamilton Mourão, duas semanas atrás, havia dito a mesma coisa: “Isso aí é fogo de palha”.

Com ou sem quebra-quebra, porém, o fato é que algo já ocorreu – e ocorreu antes de 7 de Setembro. Os discursos dementes de Jair Bolsonaro, que culminaram com seu “ultimato” aos ministros do Supremo Tribunal Federal, nesta sexta-feira, difundiram a certeza de que o sociopata tem de ser apeado do poder. O espetáculo circense de 7 de Setembro vai revelar o tamanho da tropa bolsonarista. Mas vai revelar também sua fraqueza: ninguém consegue dar um golpe contando somente com um exército de imbecis, comandado por um imbecil.

Já perdemos tempo demais com Jair Bolsonaro. O Brasil precisa livrar-se dele o quanto antes e seguir adiante.

Diogo Mainardi

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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