Moro vizinho da cloaca redundantemente nauseabunda chamada Mariano Torres, construída sobre um rio fecal e concebida pelo urbanista com forévis de carrapato. No Batel todo mundo sabe a perfume francês, nada de Boticário (saber é cognato de sabor, aquilo que cheira bem a olfato e paladar). A patroa e eu não vestíamos roupas de grife, mas esforçamos no desmazelo estudado do pobre que tenta esnobar o rico. Lá presentes os que camuflam a timidez-insegurança na antipatia-grosseira, saudosa do verde-amarelo, que ignora o vizinho no elevador e elege o genocida.
Todos nos olhavam de esguelha, mesmo as mocinhas vileiras, as ‘companheiras que acomodam os clientes, chamadas pelo coletivo hostess (assim, singular, não hostesses, plural). Minha vingança de pipoqueiro é que os donos da casa e os chiques de plantão não sabem que hostess era o título das coelhinhas da mansão da Playboy, que o dono, Hugh Hefner, comia, filmava escondido e repassava aos amigos, entre eles os tarados como Donald Trump. Mas o egg benedict, delicioso, sabia a maionese de mamãe, que nos domingos da infância acompanhava a posta e o talharim.