“Uma pessoa conhecida. Nossos sentimentos à família.”
LACÔNICA declaração de Jair Bolsonaro sobre a morte de João Gilberto. Lacônica e eloquente, ilustrativa de quem é o presidente: o homem do rancor, sectário, líder de facção, indiferente à missão de unificar os brasileiros. Só faz alimentar a divisão que o levou ao cargo. Coisa mesquinha, menor, execrável.
Para marcar sua característica e seu éthos, Bolsonaro não age como todos os presidentes da República de 1988, independentemente de suas filiações e crenças: reconhecer, valorizar e enaltecer os grandes brasileiros. Para o presidente Bolsonaro os grandes brasileiros são os de seu imaginário autoritário e preconceituoso.
Sequer o tradicional luto oficial ele chegou a decretar para João Gilberto. Nem precisava. Um elogio de Bolsonaro poderia manchar a biografia desse brasileiro que já entrara na história quando o hoje e ocasional presidente aprendia português em curso por correspondência. Jair está de passagem, João estará para sempre.