Stroessner esteve no poder durante 35 anos e durante este tempo o Paraguai foi refúgio seguro de líderes nazistas em fuga. Eduard Roschmann, responsável pela morte de 30 mil judeus na Letônia teve a guarida da ditadura paraguaia. E o criminoso nazista Josef Mengele, médico que usava seres humanos como cobaias para experimentos sádicos, também levou uma vida boa sob a proteção de Stroessner.
No Chile, o ditador Pinochet era amigo do alemão Paul Schaefer, médico das Forças Armadas alemãs durante a Segunda Guerra Mundia que migrou para o Chile, onde fundou com outros nazistas nos anos 60 a “Colônia Dignidade”. Durante a ditadura chilena o lugar serviu como um centro clandestino de torturas da Dina — o serviço secreto e órgão de repressão política do regime. Durante todo o tempo que manteve a “Colônia Dignidade”, Schaefer praticava a pedofilia com crianças da região, para cujos pais ele prometia educação gratuita.
Conforme a lógica torta de Bolsonaro, se Hitler era de esquerda, Stroessner e Pinochet teriam de ser considerados do mesmo modo. Não quero alimentar teorias conspiratórias, mas com esses ídolos comunas, será que Bolsonaro também não é de esquerda?