Temer é bem mais experiente no conhecimento do funcionamento do Governo Federal, além de ter relações muito mais amplas que o ministro Lorenzoni. Aliás, nessas coisas é mais qualificado até que Jair Bolsonaro, embora o paralelo não lhe dê grande mérito. Portanto, onde houver um ou outro servidor mais à esquerda mantido por seu governo é porque não teve mesmo jeito de substituir por outro profissional politicamente mais afinado. Além disso, não diziam que perseguição baseada em opinião pessoal era coisa do PT? Parece que não é bem assim.
Como eu já disse aqui mesmo, a substituição ou qualquer forma de remanejamento de funcionários é um direito do governo que entra. Sempre foi assim. O problema é arrumar gente qualificada quando se é eleito de forma extraordinária, sem projeto de governo e nem mesmo ter um partido organizado, ainda mais com a vitória liderada por um político que sempre foi isolado, tendo ao seu lado em toda a carreira política apenas os filhos. Este é o perfil do governo que aí está querendo fazer uma limpa geral sem antes ter criado quadros políticos.
Desse jeito, correm o risco de perder muito tempo com tretas políticas sem aproveitamento prático, passando parte essencial do mandato arrumando mais complicações do que algo para apresentar. Está todo mundo esquentado demais numa hora que é de esfriar a cabeça e se concentrar no que é mais prático, para começar a fazer o governo andar, dando encaminhamento ao que se pretende fazer. Mas para isso alguém lá em Brasília teria que dar um grito e avisar que a campanha já acabou. E vocês ganharam, babacas!