Kataklò faz a fusão de esporte e dança no Guairão

Fotos de Bárbara Margalhães.

A elegância, a graça e a poesia dos esportes olímpicos ganham contornos de dança moderna com a companhia italiana O Kataklò Athletic Dance Theatre que apresenta nesta quinta-feira, dia 29, às 21 horas, no Guairão (Praça Santos Andrade, s/nº). Na ocasião será apresentada a coreografia Play que tem como proposta desfilar várias modalidades esportivas e seus treinamentos por um grupo formado por atletas, jovens campeões mundiais e olímpicos. Nesse novo espetáculo o público curitibano poderá ver de perto o desenvolvimento de cenas que já foram apresentadas nas Olimpíadas de Sidney onde a companhia foi convidada para fazer parte da cerimônia de abertura.

Ex-ginasta e integrante do grupo americano Momix, a diretora Giulia Staccioli levou sua experiência acumulada em exercícios acrobáticos para a Kataklò, que também tem como marca a combinação de dança contemporânea e vigorosos movimentos. Ela adianta que o espetáculo apresenta performances utilizando artefatos cênicos mais comuns às quadras de esportes: barras, argolas, bicicletas, bolas, traves e raquetes de tênis. “o Kataklo mostra uma nova forma de expressão artística, com o feliz casamento entre a dança e o esporte, entre coreografias e a perfeição atlética dos artistas”, define.

Na prática, oito atléticos bailarinos esbanjam precisão e, sobretudo, sincronia em Play. Sob um bonito jogo de luzes, eles utilizam os acessórios esportivos para tratar com humor e energia da prática de alguns esportes. Cenas dinâmicas, nas quais os corpos parecem trabalhar como um só, são embaladas por trilha instrumental com elementos eletrônicos.

Desta forma, música, iluminação e a própria coreografia são elementos fortes na estética do Kataklò, mas o que inegavelmente se destaca é a perfeição atlética dos bailarinos/esportistas, auxiliada por artefatos cênicos. Seriam atletas ou dançarinos? “A necessidade de achar uma definição perde importância com o nosso trabalho. O que vale são os resultados alcançados” declara Giulia.

Para os bailarinos da companhia italiana Kataklò – jovens campeões mundiais e olímpicos que se reuniram para ir além dos limites permitidos pelas competições esportivas -, a vocação atlética afirma a condição de domínio, rigor e precisão. A dança acrescenta uma roupagem contemporânea, ao mesmo tempo subversiva e sensual, como se estivessem desobrigados de competir e dispostos a celebrar a vida. Essa inusitada e irresistível união do esporte com a dança cria os surpreendentes espetáculos do Kataklò. Seis anos após sua primeira e celebrada passagem por Curitiba, eles estão de volta com o espetáculo “Play”, definido como o “manifesto artístico” do Kataklò pela própria diretora Giulia Staccioli.

Kataklò

O Kataklò Athletic Dance Theatre surgiu em 1995 e logo chamou a atenção pelo nome estranho – que em grego significa “eu danço dobrando-me e contorcendo-me”. Sediado na cidade italiana de Milão, tinha à frente Giulia Staccioli, campeã olímpica de ginástica rítmica e com rápida passagem pelo Momix, e o marido, Andréa Zorbi, jogador de vôlei, três vezes campeão europeu e duas vezes campeão do mundo. Junto a mais oito atletas, todos com passagens por importantes competições internacionais e olímpicas, conceberam o primeiro espetáculo, “Indiscipline”, que estrearia no ano seguinte, com excelente acolhida de público e crítica. Em 1998 estrearam “Kataklopolis”, que apresentaram em turnê mundial por três anos e, em 2002, foi a vez de “Line Up – Energie Verticale”. Em 2003, com o espetáculo “Katacandy” inauguraram seu próprio teatro, o Spazio Studio K.

Paralelamente aos espetáculos e às turnês internacionais, o Kataklò se tornou convidado freqüente de grandes eventos, como a abertura ou encerramento de grandes competições esportivas, além de aparecerem em vários comerciais para a TV. Hoje a companhia tem 15 membros fixos, que se dividem em apresentações na Itália e Europa e turnês por todos os continentes. O grupo mantém uma rígida disciplina, que inclui ensaios diários, que podem chegar a 10 horas de duração.

Em 2004 se apresentaram pela primeira vez no Brasil, com o espetáculo “Fair Play”, em uma aplaudida turnê vista em Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. Em 2005, estrearam “Livingston” e em 2008 foi a vez de “Play”, que chega agora ao Brasil.

Desde o começo desta década a companhia tem sido constantemente vista em grandes espetáculos, como a comemoração do World Yout Day, em 2003, quando se apresentaram para o Papa João Paulo II e milhares de espectadores na Praça São Pedro; a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno em Turin (2006) e a celebração do ano novo em Hong Kong, em 2007, entre muitos outros.

Serviço: Play – Espetáculo de dança com a companhia italiana Kataklò Athletic Dance Theatre. Única apresentação nesta quinta-feira, dia 29, às 21 horas, no Guairão (Praça Santos Andrade. s/nº). Os ingressos custam R$80 (platéia), R$60 (1º balcão) e R$40 (2º balcão). Meia-entrada válida para estudantes e pessoas acima dos 60 anos. 20% de desconto para Clube do Assinante Gazeta do Povo e/ou Cartão Teatro Guaíra na compra de um ingresso no nome do titular – os descontos não são cumulativos. Não serão aceitos cheques. Informações: 41 3304 7900 e 41 3304 7982. O espetáculo tem assinatura de Verinha Walflor. Classificação: livre.

Mais informações e entrevistas:
RB – Escritório de Comunicação
Rodrigo Browne
41 9145 7027 e 41 3363 7759

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Sem categoria. Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.