L’Apollinide Souvenirs de La Maison Close

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O bordel L’Apollonide está vivendo seus últimos dias de funcionamento no início do século 20. Mas é neste mundo reservado que muitos homens se apaixonam e se entregam, tornando-se muitas vezes dependentes das “companheiras”, com quem dividem seus segredos, medos, dores e, claro, o prazer. Direção de Bertrand Bonello, 2001, França.

“Não devia fazer nada de mau gosto, advertiu a mulher da pousada ao ancião Eguchi. Não devia colocar o dedo na boca da mulher adormecida nem tentar nada parecido”, diz o japonês Yazunari Kawabata, vencedor do Prêmio Nobel, na obra A Casa das Belas Adormecidas. O trecho aparece na epígrafe de Memória de Minhas Putas Tristes, um dos mais belos livros de Gabriel García Márquez. As duas obras possuem uma ligação muito interessante com L’Apollonide – Os Amores da Casa de Tolerância, principalmente pela forma delicada e sensível com que tratam jovens que ganham a vida se prostituindo. 

Lucas Salgado

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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