Guten tag, herr Solda. Komo vai focê? Non reparre, mas depos que tomei um porre de xucrute o espírrito alemon baxô em mim. Agorra, non consigo mais falar sem aquele sotaque de heisbein. Eu estar um pouco prrreocupada, porrque isso non pode ser normal. Xá pensou que situação?
Ontem, tomei umas remedinhas florrais pra ver se passava, mas pelo xeito piorrou: sonhei a noite toda com o Rumenigue, o Kant e o Goethe, eles me perseguiam numa ocktoberfest em Marexal Cândido Rondon. Ach, du liebe got. Volte logo, Solda, essa é sua grrande chonce de aprrender alemón de graça. Grusse, Frau Fax.
Ligia Kempfer|década de 1990
Sobre Solda
Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido
não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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