Literatriz/Fraga.

Nem tudo que é impresso impressiona.
Nem tudo que é editado edifica.
Nem tudo que é literal é literário. Nem tudo
que escrevem se subscreve.
Nem tudo que a livraria se livra é livro.
Veja aí na sua estática estante.

Literaturra – Obras escritas apenas para irritar autores concorrentes

de um mesmo nicho de mercado.
Literatusca – Subgênero literário, sem nenhum valor como arte,
do qual José Sarney é o expoente máximo.
Literaturma – Livros criados e circulados somente entre panelinhas,
acadêmicas ou não.
Literatuma – Autobiografia de ex-delegado paulista.
Literaturba – Romances, novelas e contos de conteúdo panfletário.
Literatumba – Tudo que algumas múmias intelectuais produzem.
Literaturgia – Livros espiritualistas, lançados somente pra faturar os fiéis.
Literaturow – Best-sellers criados por advogados americanos.
Literatuia – Qualquer coisa publicada que não valha a árvore abatida.
Literatunda – Leitura chata imposta a estudantes, acompanhada de
ameaças físicas.

— Etc.—

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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