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A poesia de Luci Collin continua alta. Melhor: continua crescendo. Melhor ainda: continua séria. O que oferece aos leitores é uma notável sequência de poemas, escrita com ponta fina, digitada firmemente. Se bem me lembro do que eu senti anteriormente, a coesão de sua poética mantém o equilíbrio perfeito de uma progressão exata de uma carreira contínua. A prova disso está nos poemas, cito alguns ou poderia citar todos, pois é difícil preferir uns e deixar de lado outros: “Alinho”, “Incombinado”, “Traço”, “Lida”, “Rogativa”, “Acontecido”, “De se fazer”, “Cinzel”, “Manto”, “Shikantaza”, “Lembrete”, “Remissivo”, “Raso”.  

Paro por aqui para deixar, no meio do livro, esse jogo de escolha, que volta e meia, tende a adicionar outros títulos, que foram deixados para trás, cometendo injustiças, sem sombra de dúvida. Pois em Rosa que está nenhuma pétala deve ser esquecida e não querida. Trata-se de um livro completo, de A a Z. E a cada leitura (já que ele pede releituras) vamos descobrir novas nuanças das suas rosas reunidas num buquê que não se despetala.

Armando Freitas Filho

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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