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Lula demite a presidente da Caixa Econômica como fez com Ana Moser, a ministra do Esporte. Duas presenças femininas que atendiam o imaginário petista da igualdade de gênero no governo. O futebol, área predileta das metáforas de Lula, funciona diferente dos times do presidente: o jogador só é substituído quando joga mal, está contundido ou carrega estoque perigoso de cartões amarelos; mas no banco de reservas não existe o craque a ser convocado porque protegido pelo presidente do clube. No governo Lula, os craques jogam com a espada de Arthur Lira na cabeça, a qualquer tempo sendo substituídos pelo jogador de quem o presidente da câmara – e do time – é empresário. Com isso Lira monta seu time e Lula funciona como o técnico da seleção, eleito pela CBF, que só dirige o time que joga no Exterior, em partidas amistosas e campeonatos de quatro em quatro anos.