Lula: liberdade de expressão só do interesse dele

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Os petistas sempre gostaram bastante de xeretar a vida dos adversários e publicar até mentiras, mas agora andam muito bravos com as revelações surgidas nas gravações feitas pela Polícia Federal de telefonemas de maiorais do PT. Ora, tempos atrás os petistas eram os mais entusiasmados com os vazamentos feitos pelo Wikileaks de informações sigilosas do governo americano. E aquilo que era publicado pelo Wikileaks podia mesmo ser chamado de vazamentos, pois eram informações obtidas de forma ilegal. Então por que essa indignação com a divulgação de grampos telefônicos de conversas entre Lula e seus companheiros? Neste caso não há vazamento algum, ao contrário do que era feito pelo Wikileaks. Os grampos foram autorizados pela Justiça e a divulgação veio apenas depois do levantamento de sigilo decidido pelo juiz federal Sérgio Moro. Então porque a choradeira?

Com os vazamentos do Wikileaks eles não agiram assim. O entusiasmo dos petistas era muito grande a cada revelação publicada pelo site. Eles ficaram tão felizes com aquilo que o próprio Lula, então na presidência da República, fez exaltados elogios em público ao Wikileaks e até prestou solidariedade à Julian Assange, fundador do site. Lula soltou até uma piadinha — como sempre, imprópria para o cargo que ocupava —, dizendo que “o rapaz desembaraçava a diplomacia americana”. Mais ainda, ele ordenou em público que fosse publicado no “Blog do Planalto” um protesto, exigindo liberdade de expressão para Assange. A fala de Lula foi em dezembro de 2010, poucos dias antes de passar a faixa para sua sucessora, e está gravada em vídeo. Sua performance em defesa da liberdade de publicação de revelações sobre os bastidores do poder pode ser vista nos links abaixo.

José Pires|Brasil Limpeza

Blog do Planalto: http://blog.planalto.gov.br/presidente-presta-solidariedade-em-publico-ao-wikileaks/

Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=zt39mYJu09M

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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