O PRESIDENTE metamorfose aérea descobriu que sua queda em popularidade – o efetivo e real motivo da reunião de ministros – deve-se às falhas de comunicação do governo. Nenhum ministro, sejam os aliados intestinos, sejam os aliados intestinais, recebeu críticas por não divulgarem suas ações. Nem precisa, a imprensa faz isso: como a sociologia cabeluda de Arielle Franco, da área de não se sabe o porquê, tão inútil que gasta mais em festa em casa que em ações institucionais; como a comunicação equina do ministro Juscelino Filho, que cuida de si mesmo, da prefeitura da irmã e da estrada para sua coudelaria.
OS MINISTROS têm que viajar mais, diz Lula, para divulgar suas ficções de governar, o que lhes irá exigir tratos à bola, como se dizia nos quadrinhos do Mickey. Ministro viajando exigirá a ampliação da frota de jatinhos, ora úteis em suas viagens para casa. Comunicação? Nem precisa, o presidente faz isso, como despejar a maior fatia de dinheiro para propaganda na rede Ratinho, sob a justifica de que ela atinge as classes C, D e E. Sim, atinge, melhor que Globo, SBT, Record e outras, que não fazem discursos homofóbicos, classistas, grosseiros, machistas e de mau gosto. É a concepção lulista da função educativa da publicidade governamental.
DEVE SER porque, como Lula gosta de lembrar, em outros tempos ele e Ratinho, grandes comunicadores, dividiram “uma cachacinha”. O povo, que pagamos os desatinos do governo, só queremos saber se Lula ainda está sob o efeito da cachacinha. Porque Ratinho, esse nunca esteve tão lúcido e sóbrio, tanto que está com tudo com as classes que elegiam Lula e depois, com apoio de Ratinho, bandearam-se para Bolsonaro e a ele continuam tementes e fieis. Está certo, o governo deve governar para todos os brasileiros. Governar, bem entendido, não mistificar com o palavrório gasto e vencido de Lula.