Na conversa com Netanyahu, Macron priorizou a liberação dos reféns, reafirmou o direito de Israel de se defender e pediu proteção aos civis
Emmanuel Macron conversou, no domingo, 19, com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas e com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Na conversa com Abbas, Macron reforçou a necessidade de a Autoridade Palestina e todos os países da região condenarem inequivocamente e com a maior firmeza o ataque terrorista do Hamas contra Israel em 7 de outubro, falou sobre a sua disposição em enviar ajuda humanitária e concordou que a violência contra civis palestinos na Cirjodânia é condenável.
Na conversa com Netanyahu, o presidente francês expressou novamente solidariedade com Israel face ao ataque perpetrado pelo Hamas, reforçou que a liberação dos reféns deve ser prioridade, reafirmou o direito de Israel de se defender, mas salientou a necessidade de distinguir os terroristas da população civil, garantindo aos civis proteção eficaz.
Macron expressou também sua preocupação com a possibilidade de escalada do conflito, notadamente no Líbano e, finalmente, afirmou que só a solução de dois Estados, Israel e Palestina, vivendo lado a lado em paz e segurança, garantirá a estabilidade no Médio Oriente.
Nas redes sociais, o presidente francês anunciou que crianças feridas ou doentes de Gaza que necessitam de cuidados urgentes poderão ser tratadas na França e que mobilizará todos os meios disponíveis para trazer cerca de 50 delas para os seus hospitais.
Ao detalhar as últimas medidas de ajuda humanitária oferecida pela França ao Oriente Médio, Macron citou o deslocamento do porta-helicópteros anfíbio Dixmude, configurado para apoio hospitalar com capacidade para 40 camas, cuja saída está prevista para o início da semana. O Dixmude, que chegará em breve ao Egito, tem como objetivo tratar os casos mais graves.
Macron declarou ainda que um novo avião da Força Aérea transportará mais de dez toneladas de carga médica no início da semana, tendo a bordo dois postos de saúde móveis para tratar cerca de 500 feridos graves, cada um.
Para que essa ajuda chegue com segurança e o mais rápido possível, Macron afirma ser necessário “uma trégua humanitária imediata que conduza a um cessar-fogo” e que a França está fazendo tudo para conseguir isso.