O investigado Carlos Bolsonaro insinuou que O Antagonista recebeu oito milhões de reais para atacar seu pai, o sociopata Jair Bolsonaro. A prova, em sua cabecinha delirante, estaria no contrato entre a Blend, que produz o Manhattan Connection, e a TV Cultura.
É preciso explicar uma ou duas coisas.
O Manhattan Connection é 100% financiado por patrocinadores privados. Esses patrocinadores, todos eles captados pela Blend, depositam o dinheiro do patrocínio na TV Cultura, que repassa uma parte para a Blend, conforme estabelecido no contrato de parceria entre as duas empresas. A TV Cultura, portanto, só ganha com isso. Se os patrocinadores privados desistissem de anunciar no programa, ele acabaria no dia seguinte, porque a TV Cultura não é responsável por seu financiamento, nem pelo pagamento dos salários de seus apresentadores. A propósito, nenhum apresentador do Manhattan Connection é sócio da Blend.
O Antagonista, claro, não tem nada a ver com o Manhattan Connection, exceto por mim, que sou sócio do site e recebo um salário da Blend por meu trabalho no programa de TV, que iniciou em 2003.
Na maioria das vezes, ignoro as tentativas dessa gentalha asquerosa de emporcalhar o trabalho do site; nesse caso, porém, o ataque envolve outras pessoas, de outras empresas, que não têm nada a ver com O Antagonista e não merecem ser jogadas no esgoto bolsonarista.
Os milicianos digitais tiveram o mérito de arrumar um bom apelido para o programa – “Mamata Connection”. Apesar disso, a mentira continua sendo uma mentira. E a mamata deles vai terminar em 2022.
Diogo Mainardi