“Nessa época eu estava solteiro e usava o auxílio para comer gente” – Jair Bolsonaro informa que quando deputado morava em casa própria e, como tinha direito ao auxílio-moradia, mecanizava o dinheiro para “comer gente”.
Essa comida de Bolsonaro está nos cardápios distribuídos em todos os hotéis de Brasília. Os cardápios são conhecidos por books, palavra em inglês que identifica os álbuns com garotas de programa, contendo currículo, especialidades e preços.
O auxílio-moradia sai do imposto nosso de todo dia. O político sério – que ainda não nasceu – devolveria ou nem receberia o dinheiro. Os homens públicos que estão aí consideram que se algo lhes é atribuído para determinado fim é direito deles, ainda que não realizem o fim.
Caso das quotas de despesas de gasolina, de passagens, de correio, que a história recente vem demonstrando que convertem em dinheiro, para si, para próximos e para apaniguados. Entre os políticos brasileiros o fim não justifica os meios. Os meios é que justificam o fim.
Nossos homens públicos são maquiavéis invertidos. O deputado Jair Bolsonaro “comia gente” com o dinheiro da Viúva de Caxias (!) – como os militares, desde a Guerra do Paraguai, chamam a nação brasileira. Portanto, financiamos a libido de nosso presidente, quando “estava solteiro”.
Não sejamos (muito) rigorosos. Foi o mesmo nas estripulias entre Lula e Rosemari Noronha, de Juscelino e a mulher do cara a quem deu um cartório, as de Getúlio e a mulher do assessor, charmosa filha de Piraí do Sul. E as de tantos outros, que tiveram a proteção da imprensa.
Não baixo ao nível dos Estados, cujos governadores nos impõem o custo da logística de transportar suas “comidas” em aviões oficiais, os jatinhos da fuzarca. E esse ministro da Educação, o trapalhão colombiano, ainda diz que brasileiros são canibais. Canibal é o chefe dele.