“Primeiro eles vieram atrás dos comunistas, E eu não protestei, porque não era comunista;
Depois, eles vieram pelos socialistas, e eu não disse nada, porque não era socialista;
Mais tarde, eles vieram atrás dos líderes sindicais, E eu calei, porque não era líder sindical;
Então foi a vez dos judeus, E eu permaneci em silêncio porque não era judeu;
Finalmente, vieram me buscar, E já não havia ninguém para protestar.”
Martin Niemöller nasceu na cidade de Lippstadt, na Vestefália, na Alemanha, no dia 14 de janeiro de 1892. Em 1910, tornou-se cadete da Marinha Imperial Alemã. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914, Niemöller foi designado para servir em um submarino do qual foi, posteriormente, comandante. Sob as estipulações do tratado de armistício de 11 de novembro de 1918, que marcou o fim das hostilidades da Primeira Guerra Mundial, Niemöller e outros comandantes alemães receberam ordens para entregar seus submarinos à Inglaterra. Assim como muitos outros comandantes, Niemöller recusou-se a obedecer tal ordem e, como conseqüência, foi dispensado da Marinha.
Em 1920, ele decidiu seguir o mesmo caminho do seu pai e iniciou sua educação como líder religioso no seminário da Universidade de Münster.
Inicialmente, a criação do Terceiro Reich foi entusiásticamente recebida por Niemöller. No entanto, em janeiro de 1934, após uma reunião com Adolf Hitler e dois outros proeminentes bispos protestantes para discutir as pressões do Estado sobre as igrejas, suas simpatias políticas mudaram. Naquela reunião ficou claro que o telefone de Niemöller havia sido usado pela Gestapo (polícia secreta do estado alemão).
Também ficou claro que a Liga de Emergência dos Pastores (PEL), que Niemöller havia ajudado a fundar, estava sob vigilância do estado nazista. Após a reunião, Niemöller passou a ver o estado nazista como uma ditadura, da qual ele se tornaria opositor.