Lula vai passar uma semana dormindo na casa das emas, castigo de Janja, greve de sexo sob pretexto de dor nos quadris. Descartou “candidatas mulheres” (do noticiário ginasiano) em favor de candidatos homens ao TSE (a ortodoxia gramatical do gênero no discurso foi para as cucuies). As mulheres são amigas do PT, e os homens, amigos do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. A aura de feminista do presidente sofre um arranhão. Já seus ministros, incluso o hierarca petista baiano da Casa Civil, e ex-governadores-agora ministros, são feministas sanguíneos: “convencem” deputados estaduais a nomearem suas primeiras damas aos TCE de suas satrapias. A melhor sinecura entra no patrimonialismo das elites. Encaminhadas as mulheres, eles os maridos “funcionarão normalmente”.
Desafio quem me acuse de machista; a mulher de meu ex-primo, ex-prefeito de São João do Triunfo, com a competência de secretária de Serviços Sociais, seria nomeada ao tribunal de contas? Aquilo do Mateus, primeiro os teus, com as mulheres dos políticos virou Matias, primeiro as tias. Ninguém tasca nas aptas viragos conjas. Semana passada uma juíza cassou a nomeação da mulher do ex-governador-ora ministro Helder Barbalho para o TCE do Pará. Numa penada o desembargador superior anulou. A juíza, que brincou de poderosa, não será promovida por merecimento, se for, será desembargadora como juíza antiga. Falta-lhe do conseguinte de não ser casada com governador, nem com ministro de Lula. Lula faz a revolução de Lampedusa: é preciso que tudo mude para que tudo fique como sempre foi.