Apesar de nomes no Judiciário, Ministério Público e Poder Executivo terem se esfalfado para agradar o presidente da República na busca pelo Olimpo, paparicando-o à custa do interesse público, quem levou a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Celso de Mello, no ano passado, foi J.Pinto Fernandes, transmutado na figura de Kassio Nunes Marques, que como bem disse Carlos Drummond de Andrade, não havia entrado na história.
Deve ter sido frustrante para outros candidatos – que tentaram cair nas graças de Jair Messias através de ações e declarações que protegiam os interesses dele, de sua família e de seus amigos – ver alguém que corria por fora levando a melhor.
Desta vez, Bolsonaro deve indicar à vaga o advogado-geral da União, André Mendonça, atendendo à sua promessa de escolher alguém “terrivelmente evangélico” para satisfazer sua base religiosa conservadora – uma das responsáveis por evitar que sua popularidade, em queda, desabe. Isso, claro, se não mudar de ideia na próxima semana e se o Senado Federal não rejeitar o nome.