A reportagem demolidora, intitulada “Como o Brasil perdeu a chance de obter vacinas contra a Covid-19”, mostra que, enquanto o resto do planeta negociava vacinas com os laboratórios, os militares bolsonaristas só pensavam em distribuir cloroquina.
Em 12 de junho, por exemplo, Elcio Franco compartilhou um texto sobre a vacina da AstraZeneca e comentou:
“Quem quer ser cobaia?” Em outra mensagem de WhatsApp, enviada alguns dias depois, em 15 junho, ele disse:
“A taxa de mortes está caindo drasticamente devido ao protocolo de tratamento de Bolsonaro. A cloroquina está revertendo a situação”.
Um funcionário da AstraZeneca que participou das conversas com o Ministério da Saúde disse que Eduardo Pazuello não entendeu a necessidade de agir rapidamente para obter doses da vacina. No primeiro encontro com o laboratório, ele manifestou interesse em comprar a vacina, mas “depois levantou e saiu da sala. Ele nunca mais participou de uma reunião”.
Com a Pfizer, o desinteresse foi ainda maior. Isso é caso de polícia.