A mesmice de sempre

O povo precisa de educação: a fundamental, a média e a superior. Precisa de renda mínima, para sobreviver. Precisa de religião para rezar a algum Deus e pedir para que os governantes não roubem.

Precisa de ótimos gestores públicos, mas que não os tem. O que precisa para ser feliz? Que seu time de futebol ganhe o campeonato e que a novela termine com final feliz.

E o Brasil, o que precisa? Precisa dispensar a multidão dos que opinam sobre tudo, mas não conhecem, absolutamente, nada.

Precisa de uma elite governamental comprometida, de políticos que não roubem e não mintam para o povo.

Impossível? As leis podem modificar tudo isso? Não, pois quem faz as leis são os políticos.

O negacionismo oficial dos últimos três anos que elegeu centenas de personagens bizarros agora cobra o preço do atraso. A falta de investimentos na ciência e na educação; a negação da pandemia com milhares de vítimas; o descrédito na democracia e o apadrinhamento institucional das forças armadas, com o crescimento do Centrão, esse bloco oportunista e fisiológico que se formou desde a Constituinte de 1988.

O mais grave: a bagunça na economia gerada por uma política cambial equivocada e a falta de investimentos nos setores produtivos. A cereja desse bolo de tudo isso: a política ultra neoliberal e a destruição das estatais rentáveis. Em resumo: a entrega das nossas riquezas para outros países.

O povo quer o elevado preço dos combustíveis, o desemprego estrutural e carestia nos produtos da cesta básica? Qual a única alternativa?

As eleições. Que já estão com cartas mais ou menos marcadas, isto é, com os mesmos personagens que se apresentam como novidade, num mar de mesmices. Muita gente já se julga eleita, mas ainda não combinou o resultado com o eleitorado.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Claudio Henrique de Castro e marcada com a tag . Adicione o link permanente aos seus favoritos.
Compartilhe Facebook Twitter

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.