PASSA BATIDO. O governador saqueia o tesouro, os desembargadores grilam terras, vendem sentenças – e são punidos com aposentadoria remunerada -, os deputados, senadores e vereadores legislam para si mesmos, os prefeitos transformam o mandato em instrumento de caprichos infantis. O retrato do Brasil. Não é culpa do presidente que faz da própria ignorância um galardão de glória.

ISSO TUDO, mais o pecuarista de Unaí (MG), o cretino ignorante que debocha da humanidade com a suástica, só tem um culpado: é o brasileiro – seja o que aplaude o falso moralismo direitista, seja o cego defensor do mistificador idealismo esquerdista, seja o miserável semialfabetizado ou analfabeto, assim mantido pelo interesse do Estado em não resgatá-lo para a qualidade de vida.

ESSE CULPADO, em resumo, somos nós, contribuintes, eleitores, cidadãos. Nós, que nos emocionamos com a Seleção, temos arrepios com o Hino Nacional, nos lixamos para o meio ambiente e jogamos lixo nas ruas. Nós, verdadeiros, completos, irremediáveis, energúmenos. Não somos os únicos, os EUA nos superam na estupidez. Mas também nos superam naquilo que insistimos em não ser.

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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