Adeus, de Mohammad Rasoulof (2010) é mais um filme iraniano que mostra o tipo de democracia que vive o país. Lançado em 2011 na mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes, onde recebeu o prêmio de direção, o filme foi proibido de circular no Irã, apesar de ter tido aval do governo para ser realizado.
Também pudera: num país cheio de restrições às liberdades civis, ele conta a história da advogada Leyla, que conseguiu licença para exercer a profissão dela em Teerã, a capital do Irã, enquanto o marido está exilado — ele, um jornalista militante anti-governo. Então, ela fica grávida e tenta deixar o país, mas, obviamente, vai enfrentar uma série de dificuldades burocráticas para realizar o objetivo. Como se imagina, o tema é político, mas também esbarra nas questões comportamentais e religiosas, caso do papel da atuação da mulher em uma sociedade tão fechada quanto à iraniana.
O filme foi realizado logo após a prisão do cineasta em 2010, junto com outro diretor, Jafar Panahi, também opositor do governo.