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O Museu Oscar Niemeyer (MON) realizará uma mesa-redonda sobre a exposição “Sonoridades Bispo do Rosário”, com a presença do curador Luiz Gustavo Carvalho; da diretora do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, Raquel Fernandes, e da artista paranaense Fernanda Magalhães. Aberta ao público e gratuita, a atividade acontecerá no miniauditório, no dia 20/7, às 19h.
A exposição, em cartaz na Sala 6 do Museu Oscar Niemeyer, reúne mais de 100 obras. A mostra coloca o legado de Arthur Bispo do Rosário em diálogo com outros artistas cujos processos criativos foram influenciados por ele e pela convivência com a Colônia Juliano Moreira, onde passou a maior parte da vida como interno. São eles: Antônio Bragança, Stella do Patrocínio, Leonardo Lobão, Paulo Nazareth, Marlon de Paula, Rick Rodrigues, Eduardo Hargreaves, Fernanda Magalhães e Guilherme Gontijo Flores.
Além de discutir aspectos importantes de seu universo criativo, a mesa-redonda abordará também as relações existentes entre a obra e o território onde a mesma foi criada – a Colônia Juliano Moreira, um dos maiores hospitais psiquiátricos do Brasil, hoje transformado no Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea. A conversa evoca ainda o papel fundamental que têm os museus na ressignificação de territórios através da arte.
Celebrado e reconhecido postumamente no Brasil e no exterior, num processo incomum, ausente de formação acadêmica, Bispo do Rosário produziu a partir de materiais inusitados, transformando sua genialidade em instalações surpreendentes, comparáveis à obra de Marcel Duchamp ao mostrar que a arte é possível também a partir da simplicidade de objetos do cotidiano.
Evocando os aspectos sonoros e poéticos presentes na obra do artista, os diversos objetos, instalações, colagens, assemblages e estandartes presentes na exposição dialogam com obras visuais, performáticas e poéticas de outros artistas que integram a exposição, deixando evidente o impacto de seu legado no cenário da arte contemporânea.
Arthur Bispo do Rosário (1909-1989) foi interno da Colônia Juliano Moreira (RJ), um dos maiores hospitais psiquiátricos do país no século passado, durante boa parte de sua vida. Carregou vários estigmas de marginalização social ainda vigentes em nossa sociedade – negro, pobre, louco, asilado em um manicômio – e conseguiu, na sua genialidade, subverter a lógica excludente proposta, a partir da sua obra.
Serviço: Sonoridades Bispo do Rosário – mesa-redonda|Dia 20/7, às 19h|Miniauditório do MON (subsolo) – Aberta ao público e gratuita