Mônica Iozzi, Letícia Sabatella, Zé de Abreu e Aécio Neves

Letícia Sabatella – © Myskiciewicz

Ela andava sumida e reapareceu no sábado passado como convidada de Serginho Groisman, no Altas Horas… Foi saudada pelo apresentador como uma mulher de fibra e que mantém suas posições com firmeza ao longo do tempo…

Serginho ainda informou que ela expressa suas opiniões pelas redes sociais… Fiquei curioso e corri para o Facebook; não demorei pra descobrir que Mônica Iozzi – sim, estou falando dela! – é, digamos, uma espécie de Zé de Abreu de batom…

Não sei o que vocês acham de Zé de Abreu, mas pra mim ele é um dos canalhas a serviço do PT… Nada mais do que um canalha!

Mônica, ao contrário, não se identifica como petista e, na medida do possível, evita vestir-se de vermelho… Teme ser chamada de petralha…

NÃO, ELA NÃO É PETRALHA

Já Zé de Abreu é aquele militante que espera que os críticos do PT morram para atacá-los, como fez com o jornalista Sandro Vaia no dia em que seu corpo era velado em Jundiaí… E atacou-o com mentiras, coisa de homem sem caráter…

Não sei se Iozzi chegaria a tanto, mas suas páginas no Facebook – ela tem quatro ou cinco delas – confirmam que ela usa a mesma metodologia petralha, sem tirar nem por… Primeiro atira, só depois vai ver que bicho matou…

Num post, com dissimulação, ela atribui a Michel Temer a responsabilidade pela morte de Teori Zavascki, o relator da Lavajato no STF…

Em muitos outros, ela usa sua força de personagem público, alavancada pela Globo, para convocar pessoas para o protesto contra a Reforma da Previdência e a Terceirização… Ela não expõe o que pensa sobre esses temas, se é que pensa alguma coisa, se é que os estudou, mas convoca a todos para protestar contra… Faz igualzinho aos petralhas, portanto…

Sua obra-prima, por enquanto, é um vídeo onde ela, com seu rosto lindo e seu discurso eloquente, de traje vermelho, manifesta suas preocupações com a “onda de intolerância” que assola a política; ela mesma, bem ao estilo petralha, não se importa se as suas páginas no Facebook sejam combustível poderoso para a intolerância…

ELA GRAVA VÍDEO EM TRAJES VERMELHOS

Nesse vídeo, ela mostra que é a intolerância que levou um grupo de manifestantes a vaiar a atriz Letícia Sabatella numa praça de Curitiba e, certamente pra mascarar seus pendores petralhas, fala também de sua indignação ao saber que o senador Aécio Neves foi vaiado e xingado ao passear com a família numa praia…

Já escrevi sobre o caso Letícia Sabatella e afirmei que jamais vou incentivar que pessoas sejam hostilizadas em praça pública…

Escrevi em meu blog: “As pessoas que saíram na defesa exaltada da atriz Letícia Sabatella, insultada há poucos dias numa praça de Curitiba onde se realizava manifestação de apoio ao Impeachment de Dilma Rousseff, têm memória curta.

Já não devem se lembrar mais que insultar as pessoas na rua, em praças públicas, em estúdio ou na porta de emissoras de TV, é um privilégio dos militantes do PT.

Que o diga a Blogueira cubana, Yoani Sanchez, em visita ao Brasil ainda em 2013. Perseguiram a moça em todos os lugares que visitou – Salvador, Brasília, São Paulo. Presentes na gravação de um programa de TV que a entrevistava, quase não a deixaram falar.

O PT, na verdade, colhe uma mínima parte do veneno que sempre disseminou. Não acho que seja correto atacar alguém, ainda que verbalmente, por seus posicionamentos políticos, mas o momento tem de ser de forte inflexão”.

SOBRE AÉCIO NEVES

Já sobre as vaias recebidas pelo senador Aécio Neves, eu escrevo agora: as agressões, nesse caso, do mesmo modo inadmissíveis, vão encontrar explicação na justa intolerância popular à corrupção em escala assustadora nesta fase áurea da política brasileira em que a podridão, doa a quem doer, é retirada das gavetas…

Eu mesmo, se tivesse avistado Aécio nessa praia, teria dirigido a ele meu olhar de desprezo e revolta, não por supostamente estar envolvido em casos de corrupção, mas por sua omissão já antiga nos inúmeros casos de abusos na exploração mineral neste país… É inadmissível que um senador influente das Minas Gerais nunca tenha se preocupado em aprovar no Congresso Nacional um novo e decente marco regulatório para a mineração brasileira, onde os crimes do porte do desastre de Mariana são a ponta de um iceberg carregado de bandalheira, insalubridade, sonegação fiscal, a começar pelo nióbio…

Mas a moçoila Monica Iozzi jamais erguerá bandeiras assim… Ela prefere a cômoda superficialidade dos pratos feitos montados pelo PT, pois na defesa deles ela pode posar de “moça de princípios…”

Dirceu Pio

Sobre Solda

Luiz Antonio Solda, Itararé (SP), 1952. Cartunista, poeta, publicitário reformado, fundador da Academia Paranaense de Letraset, nefelibata, taquifágico, soníloquo e taxidermista nas horas de folga. Há mais de 50 anos tenta viver em Curitiba. É autor do pleonasmo "Se não for divertido não tem graça". Contato: luizsolda@uol.com.br
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