O gabinete de Alexandre de Moraes informou a O Antagonista que o sigilo sobre a decisão de busca e apreensão contra 8 empresários bolsonaristas “somente será levantado quando não houver mais risco de prejuízo à investigação e ao cruzamento de dados”.
Até o momento, com exceção das mensagens publicadas pelo Metrópoles, é desconhecida a fundamentação usada pelo ministro para deflagrar a operação de ontem. Os advogados dos investigados também não tiveram acesso aos autos.
Foram alvo da PF ontem os empresários Luciano Hang, da Havan; José Isaac Peres, da rede Multiplan; Ivan Wrobel, da Construtora W3; José Koury, do Barra World Shopping; Luiz André Tissot, do Grupo Sierra; Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa; Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii, e Afrânio Barreira Filho, do Grupo Coco Bambu.
Num grupo de WhatsApp, os empresários se manifestaram em defesa de um autogolpe, caso Lula seja eleito em outubro. À Polícia Federal, todos negaram participação em qualquer tipo de planejamento para um golpe e classificaram suas declarações como arroubos retóricos, ante a insatisfação com a possibilidade de que o petista retorne ao poder — após ser descondenado pelo Supremo.
Hoje, mais de 1,7 mil advogados se manifestaram, em petição online, contra o que chamaram de “escalada autoritária” de Moraes.