Tchelet vivia no kibutz de Be’eri, ao sul de Israel, onde trabalhava cuidando de crianças. Ela e o namorado estavam na região no último dia 7, quando terroristas lançaram o pior ataque contra o país em 50 anos. Segundo o jornal The Times of Israel, o kibutz foi invadido e atingido severamente. A estrutura do local foi reduzida a escombros, e os moradores, assassinados ou sequestrados.
A adolescente e o namorado estavam desaparecidos desde o ataque. Nos últimos dias, a família de Tchelet buscava informações sobre o paradeiro do casal em hospitais e centros de informação.
“No começo, pensamos que a Tchelet pudesse estar dentro de um esconderijo. Muitas pessoas ficaram dentro dos bunkers esperando serem resgatadas. Mas então soubemos que ela estava na lista dos sequestrados. No caso dela, não acharam nenhum DNA, dela ou do namorado, no kibutz”, disse no domingo (15) Rinat Balazs, prima de terceiro grau de Tchelet.
Flora Rosenbaum, a mãe de Rinat, chegou a gravar um vídeo pedindo ajuda para que Tchelet fosse localizada. Na filmagem, ela diz que a adolescente foi ferida há 12 anos por um foguete disparado de Gaza —ela ainda tinha estilhaços do projétil no corpo.
“Ela já tinha esse trauma anterior, já fazia tratamento. Imagina como não está agora… Eu imploro que alguém interceda por ela. A gente não sabe mais a quem recorrer”, disse Flora na gravação.
As autoridades israelenses não informaram onde ou como o corpo de Tchelet foi recuperado. O Exército de Israel disse nesta segunda (16) que os terroristas do Hamas capturaram 199 reféns durante o mega-ataque do dia 7. Já o porta-voz das Brigadas al-Qassam, braço armado da facção radical, afirmou que há de 200 a 250 vítimas sequestradas na Faixa de Gaza.
Autoridades confirmaram no domingo (15) a morte de Gabriel Yishay Barel, 22, cidadão israelense e filho do brasileiro Jayro Varella Filho. Ele morreu durante os ataques terroristas em uma festa de música eletrônica em Israel, no dia 7 de outubro, nas proximidades da Faixa de Gaza.
A rave Universo Paralello, um festival criado por brasileiros, foi interrompida por atentados que deixaram ao menos 260 pessoas mortas, incluindo os brasileiros Bruna Valeanu, Karla Stelzer Mendes e Ranani Glazer.
O pai do DJ Alok, o também DJ Juarez Petrillo, mais conhecido como DJ Swarup, estava presente na edição e iria se apresentar quando os bombardeios disparados pelo Hamas começaram a ecoar na região. Ele conseguiu retornar ao Brasil.
O governo de Israel tem sido alvo de críticas de alguns dos familiares de israelenses desaparecidos, que o acusam de terem abandonado esses cidadãos.
Segundo informação do Times of Israel, o porta-voz desse grupo, Ronen Tzur, reprova a declaração do conselheiro de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, que diz que não se envolverá em negociações de reféns com o Hamas. “Estamos aguardando clareza do governo”, disse Tzur no sábado (14).